Não foi um grande jogo mas foi o jogo que teve se ser. Passo a explicar, o Benfica tinha hoje obrigação de ganhar por várias razões: a carreira menos conseguida na liga portuguesa e tudo o que se passou esta semana quase tornava imperiosa a vitória.
Durante a 1ª parte o Benfica nunca dominou o jogo: Roberto cada vez mais a fazer esquecer os primeiros jogos, hoje com uma grande exibição; Aimar, depois de uma exibição fraca diante do Guimarães foi o melhor em campo mas não o mais importante.
A boa exibição do Roberto vem chamar a atenção para a diferença fundamental da equipa do ano passado que raramente sofria golos e a deste ano que sofre golos a mais. Na minha opinião a grande diferença chama-se Ramirez! E passo a explicar-me: a maioria das pessoas via o Ramirez como um simples médio direito, porem ele era muito mais que isso. Muitas vezes, e principalmente nos jogos fora da Luz funcionava como médio defensivo, em muitos jogos aliás ele colocava-se como mais um defesa, fazia as dobras ao Javi Gracia, fazia as compensações.
Bem, este ano quem está a ocupar a posição do Ramirez?! Ninguém, temos um Maxi Pereira ainda em ritmo de pré-época a tentar fazer todo o corredor mas são incontáveis as situações em que é apanhado em contra pé para só UM Javi Garcia a fazer a cobertura. Tacticamente o Javi não pode estar tanto à direita ou esquerda e as equipas que têm jogado contra nós exploram essa debilidade.
Hoje o Benfica, na 1a parte, nunca teve o controlo do jogo. O Hapoel explorou e bem os espaços atrás e testou vezes de mais a defesa do Benfica, se bem que desta vez, finalmente o Roberto começou a justificar a razão porque foi contratado (não confundir com o valor €€€ que isso é outra história) porque hoje as defesas dele valeram pontos.
O momento crucial do jogo foi aquando da entrada do Maxi Pereira para defesa direito, Rúben Amorim passou para a ala direita, a apoiar o Javi Garcia nos momentos defensivos ao centro do terreno e a apoiar o ataque pelo lado direito fazendo a diagonal. (Este movimento obriga a defesa contrária a desposicionar-se ao centro abrindo/criando assim os espaços, quantos golos o Benfica não conseguiu assim o ano passado...) E assim o Benfica passou a dominar o jogo, a ter posse de bola, a mandar no jogo. Hoje Jorge Jesus foi o mestre da táctica.
O que ainda não me agrada é a passividade e desleixo que por vezes a espaços se sente por parte dos jogadores, mas isso a seu tempo, espero que desapareça.
Sinceramente não sei o que por vezes passa pela cabeça das pessoas. Como é possível num jogo no estádio da Luz o publico esteja constantemente a assobiar um jogador da casa?! Ta tudo burro? O Cardozo teve um gesto pouco simpático mas também não é simpático ter o próprio publico a assobiar cada vez que se toca na bola. Se vão ao estádio para assobiar, por favor fiquem em casa. O que hoje se passou foi ridículo! Se alguém tem de avaliar a exibição do Cardozo é o Jorge Jesus e hoje, em condições normais, o Cardozo tinha sido substituído mas dada a "espectacular" cena triste entre publico e Cardozo obrigou o Jorge Jesus a defender o jogador.
Última palavra para o arbitro. Esteve razoável com um critério bem largo nos lances dentro da grande área. O lance de Luisão na 1ª parte é penalty.
Última palavra para o arbitro. Esteve razoável com um critério bem largo nos lances dentro da grande área. O lance de Luisão na 1ª parte é penalty.
a comunicação social já quer fazer do lance do fabio coentrão, penalti.. se bem me lembro das regras de futebol, as falta são marcadas onde começa o lance, não onde o jogador cai..
ResponderEliminarse existe falta é fora...
Por isso é que eu nem referi esse lance. O do Luisão é sem duvida.
ResponderEliminarpena a falta de público par um jogo da liga dos campeões!
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